Desde a introdução do PC - há vinte e cinco anos - a indústria da informática serviu como alavanca para um desenvolvimento sem precedentes na história. Além da indústria em si, o computador serve como ferramenta para alavancar outros setores do conhecimento humano, gerando cada vez mais desenvolvimento. Hoje em dia, há quem acredite que a próxima revolução da humanidade virá por meio de uma nova tecnologia. Há vários candidatos, como a engenharia genética, a biotecnologia, os nanorobôs, a ciência dos materiais exóticos, entre tantos outros. Porém, acredito que a maior alavanca ainda continuará com o setor de informática. Uma segunda revolução, de maior impacto do que a primeira, se aproxima.
Nos próximos 25 anos, veremos ganhos de produtividade ainda maiores. Ainda não arranhamos o potencial multiplicador da Internet. A interação hoje ainda se restringe às conversas, via email, chat, MSN, ou VoIP. O grande ganho ocorrerá com o amadurecimento de um modelo viável para aplicações interativas multiusuário na rede. Some-se a isso uma nova revolução na maneira de construir computadores, e mais ainda, de interagir com eles. Os primeiros passos nesse sentido ainda são rudimentares: chips "multicore", aplicações Web, e por aí vai. Porém, assim como o PC original e seus predecessores pavimentaram o caminho para a popularização da informática, essas novas idéias estão hoje funcionando como terreno fértil para novas experiências de potencial imenso.
Alguns avanços são fáceis de prever. A tecnologia sem fios deve continuar crescendo, viabilizando a famosa "computação ubíqua", onde dispositivos informatizados farão parte de nosso dia a dia, trocando informações sem contato físico. A fronteira entre documentos e aplicações se tornará cada vez mais tênue. Serão todos objetos, vivendo na rede, permitindo a interação paralela de várias pessoas, oferecendo um campo sem precedentes para o trabalho colaborativo.
A riqueza da experiência física, que é inerente ao ser humano, será enriquecida nesse novo mundo virtual. Novas interfaces visuais, aproveitando monitores de grandes dimensões (30 polegadas ou mais) irão transformar o acanhado "desktop" em uma legítima mesa de trabalho. Ferramentas manuais irão interagir nesse espaço de trabalho; assim, ao invés de clicar em um pincel para fazer um traço, vamos pegar um pincel 'wireless' e passar sobre a tela, obtendo o efeito desejado com todas as sutilezas do movimento. No outro extremo, dispositivos móveis irão nos acompanhar, ajudando a organizar a informação que nos cerca.
Para que tudo isso se torne realidade, muita coisa ainda precisa acontecer. Algumas ainda estão nos laboratórios das grandes corporações mundiais. Outras idéias estão na cabeça de criadores solitários, esperando o momento certo para serem implementadas. Outras tantas ainda estão por nascer, aguardando as condições ideais para seu surgimento. O importante, nesse momento, é ter a percepção do futuro brilhante que nos aguarda, e trabalhar para participar da sua construção. É essa percepção que me anima; e é o sonho de participar desse futuro que me leva adiante.
13 de novembro de 2006
A próxima revolução da informática
Postado por Unknown às 19:00
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2 comentários:
A ubiqüidade da internet será (e de certo modo já está sendo) uma das maiores revoluções da infocom. Vi que na IBM já trabalham com chips de nove núcleos, um pré-programado e outros oito com capacidade de receberem novos programas, o que fomentará em muito o desenvolvimento de tecnologias convergentes. No seu texto comenta no avanço das comunicações interativas e em grupo, concordo com o potencial desse uso na internet, mas também não podemos esquecer a comunicação máquina-máquina, que traz benefícios a podutividade fantásticos. Enfim a brincadeira é pensar algo inovador e depois contar o tempo até que se veja o que antes era inédito, lançado, em uso e em phase-out...
A ubiqüidade da internet será (e de certo modo já está sendo) uma das maiores revoluções da infocom. Vi que na IBM já trabalham com chips de nove núcleos, um pré-programado e outros oito com capacidade de receberem novos programas, o que fomentará em muito o desenvolvimento de tecnologias convergentes. No seu texto comenta no avanço das comunicações interativas e em grupo, concordo com o potencial desse uso na internet, mas também não podemos esquecer a comunicação máquina-máquina, que traz benefícios a podutividade fantásticos. Enfim a brincadeira é pensar algo inovador e depois contar o tempo até que se veja o que antes era inédito, lançado, em uso e em phase-out...
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