14 de junho de 2007

Menos!

Vivemos no mundo do "mais". Maior, mais rápido, mais eficiente, mais conectado. Vivo nesse tempo, e admito, sou viciado em trabalho. Fico até altas horas na frente do micro, lendo, estudando. Já liguei para meus colegas de trabalho as 11 da noite, pra saber se terminaram alguma coisa, ou como está a agenda de amanhã. Porém, agora, sinto que preciso reduzir esse ritmo.

Sinto falta do mundo do menos. Fazer menos coisas, mais devagar. Poder pensar melhor. Ter tempo para discutir com os amigos. Aliás - ter tempo de fazer amigos. Coisas que o ritmo alucinante da sociedade atual não permite. A sociedade quer "mais". O segredo do "menos" é saber viver com essa cobrança sem se deixar levar por ela.

Admito uma ponta de inveja das pessoas que conseguem viver no mundo do "mais" sem esforço aparente. Não estou falando daqueles workaholics famosos, que dormem 4 horas por noite, plugados em BlackBerry e tocando mil projetos ao mesmo tempo. Em geral, são pessoas que se tornam insuportáveis de conviver, pois não se conformam que as pessoas à sua volta não lhes sigam o ritmo obsessivo. Não se conformam que os outros possam ter metas menores do que aquelas que eles mesmos se impõem. Estou falando de gente que faz vários projetos sim, e contribui de forma significativa para a sociedade, mas que não faz nenhum alarde da produtividade insana. Gente que se dá o direito de tirar férias, de visitar amigos, de dormir até mais tarde. Será que elas, na verdade, dominaram o segredo do "menos"?

11 de junho de 2007

F1, segurança e... YouTube

Sempre gostei de F1, assisto desde novinho. (Lá vai tempo). Um dos "prazeres proibidos" de assistir corridas é a chance de ver um acidente espetacular; é o tipo da coisa que dá uma curiosidade danada, mas que ninguém em são consciência jamais desejaria para qualquer pessoa.

Já vi vários acidentes na F1, sempre pela TV (nunca fui numa corrida apesar de sempre pensar nisso). Assisti, entre outros, o acidente que matou Ronnie Peterson nos anos 70, o acidente que matou Gilles Villeneuve, e o acidente que matou Ayrton Senna. Mas também vi o acidente do Burti em Spa, a capotada sensacional do Gugelmin em Paul Ricard, sem contar as dezenas (literalmente) de acidentes do Andrea De Cesaris. E fazia tempo que não se via um acidente grande "de verdade" na F1, até ontem. No GP do Canadá, aconteceu um acidente horroroso com o Robert Kubica, uma das boas promessas da nova geração de pilotos. O comentário do Niki Lauda foi sintomático - "no meu tempo uma batida dessa dava para matar o piloto duas vezes". Ou mais.

Agora, sabendo que tudo está bem com o polonês, começa a investigação das causas e de como um acidente dessa magnitude pode ser minimizado. A imagem oficial da TV não é boa, mas uma câmera localizada na arquibancada próxima "grampo" pegou uma imagem fantástica. Obviamente foi postado no YouTube. Selecionei algumas imagens, dá para analisar a trajetória do carro:





A batida foi do pior tipo possível, o carro "decolou" quando transitou da pista para a grama na área de escape. A câmera oficial dá a impressão que o carro "chapa" de frente no muro, o que obviamente não é verdade. Nota-se que o carro bate num ângulo de mais ou menos 45 graus, o que permite que um pouco da energia seja dissipada. Note que o carro também "trisca" o muro atrás do qual havia outro carro, mas felizmente não toca nele.

O mais impressionante é o resultado final. Um tornozelo quebrado e um baita susto. Palmas para a segurança dos carros modernos, mas também, palmas para o YouTube, que nos permite ver essas imagens exclusivas... sem ficar dependendo das redes de TV.

Blogando

Normalmente eu reservo o "blog principal" para idéias mais trabalhadas, e usava outros blogs para postar sobre outros assuntos. Acho que fazia isso por medo de perder a "identidade" do blog. No entanto, o que isso causa? Medo de postar qualquer coisa, e o blog vai ficando para trás.

Por isso, não se assustem se encontrarem posts mais aleatórios do que nunca no blog a partir de agora. Fica sendo meu blog e pronto.