31 de julho de 2004

Museu de Ciências da Califórnia - Ensino à Distância

Distance Learning Home

O Museu de Ciências da Califórnia mantém um site com cursos para acesso via Internet. Li o material referente à climatologia. É um utorial acessível, mas razoavelmente profundo, que cobre o desenvolvimento do modelo teórico atualmente aceito para as grandes flutuações de temperatura, que inclui as idades do gelo. Lendo o material e pesquisando alguns links relacionados. aprendi algumas coisas interessantes; por exemplo, ocorreram algumas anomalias climáticas na história recente, como anos particularmente frios, causados por fenômenos naturais como erupções vulcânicas. Estes eventos (por exemplo, em 1816, e também em 522) podem ter disparado movimentos históricos importantes. O frio de 1816 é dado como uma das razões da 'corrida para o oeste' nos EUA; já o frio de 522 pode ter acelerado do declínio do Império Romano, especialmente porque os povos bárbaros que viviam em áreas mais afetadas pelo frio começaram a migrar em direção às terras mais quentes do Mediterrâneo. Isso mostra, mais uma vez, a importância do debate científico do aquecimento global; e mais ainda, o quanto entendemos pouco do assunto.

29 de julho de 2004

Tipografia & HTML

Sempre achei que os melhores livros impressos tem um tipo particular de elegância, que uma página Web dificilmente consegue imitar. Não estou sozinho nesta percepção: este artigo, Tipografia & HTML, ilustra vários dos problemas que um autor de páginas encontra ao tentar utilizar regras de design tipográficas em textos escritos para a Web. Este tipo de discussão também me lembra as razões que levaram o Knuth a escrever o TeX - cansado de ver os papers de conteúdo matemático mal tipografados, ele decidiu fazer um sistema capaz de apresentá-los com o visual correto. QUem sabe a Web ainda toma jeito...

O futuro dos blogs

BLOG weblog : The future of blogging

O nome do blog (e por extensão, do post) é meio pretencioso. Mas o blog é interessante, se bem que não revolucionário. Um bom ponto para pesquisas sobre o assunto...

Exemplos de Flash, JavaScript, padrões gráficos, etc.

Passei hoje por alguns sites de boa qualidade, com exemplos de código para Flash, JavaScript e DHTML, e também padrões gráficos que podem ser usados para preenchimento de fundos. Fica para registro e pesquisa posterior:

28 de julho de 2004

Google x Microsoft

De um tempo para cá, a mídia (incluindo a não especializada) começou a noticiar os primeiros movimentos de um possível embate próximo entre a Microsoft e o Google. As duas empresas não poderiam ser mais diferentes. A Microsoft vai aos extremos para defender sua posição, e mesmo que o público em geral não reconheça (ou discorde), sempre soube agradar a quem realmente paga as suas contas. Para isso, ela joga pesado dentro das regras do jogo capitalista - mesmo que isso inclua agir de uma maneira quem, para ficar barato, beira o anti-ético.

Já o Google tem um lema interessante: 'Don't be evil'. A empresa começou como outras tantas 'startups', mas evitou o atropelo e soube esperar a hora certa para abrir o capital. Agora, ela não apenas mais uma 'dotcom' querendo dinheiro fácil; é uma empresa estruturada, que segue modelos de negócio pouco usuais, e que se estabeleceu como dominante em um serviço que é cada vez mais importante - diria essencial - para o funcionamento da Internet.

Recentemente, o Google começou a expandir sua atuação. Eles estão se estruturando para ser mais do que uma empresa de busca; eles já entenderam que o filé do mercado estará no gerenciamento de informação, seja ela pessoal ou empresarial. Por isso, os movimentos para adquirir empresas de 'blogging' e o lançamento do serviço de email são pontos fundamentais da estratégia.

A abordagem das empresas também é bem diferente. A Microsoft acredita no 'fat client' - um computador pessoal de grande poder de processamento, para realizar localmente o trabalho pesado. O Google vem apostando em uma estratégia de 'thin client' - onde o micro não precisa de tantos recursos, e a maior parte do processamento é feita no servidor. Obviamente, qualquer tentativa de classificar as coisas em dois grupos como estes é uma simplificação grosseira. Existem aplicações que se prestam melhor ao modelo da Microsoft; o processamento de imagens ou de animações em 3D, por exemplo. Outras aplicações são melhor atendidas por um cliente leve, como um browser.

Mesmo assim, tenho minhas próprias dúvidas sobre qual abordagem funcionará melhor a longo prazo. A aposta do Google é muito simpática, e conta com uma vantagem rara: a Microsoft foi pega de surpresa, coisa que poucos até hoje conseguiram fazer. A Netscape foi uma que conseguiu a vantagem inicial, mas não conseguiu sustentá-la, e foi varrida do mercado. Isto indica que, pelo menos nos primeiros rounds, o Google deve também sustentar a sua vantagem. Porém, para que esta vantagem possa ser capitalizada no médio e longo prazo, precisa também agir de uma forma prática, pragmática, copiando - se preciso for - algumas páginas do livro da Microsoft. Acredito que ela pode fazer isso, mantendo ainda seu lema intacto.

O ponto chave para esta batalha, como já ocorreu em outras, é a capacidade da Microsoft em se apoderar das inovações do concorrente, incorporá-las, e mudar a direção da empresa, sem que para isso tenha que assumir a feição de 'derrotada'. A Microsoft não tem pudor em copiar as inovações, se elas ajudam a empresa a melhorar sua competitividade. Porém, ela faz isso mantendo a feição de líder. Por outro lado, seus concorrentes (como a Apple, e mais recentemente, a Sun) se deixaram prender demasiadamente às suas próprias propostas, engessando a sua própria evolução. Afinal, o futuro não é preto-e-branco, é colorido, e isso a Microsoft sabe usar como ninguém, misturando suas cores às de seus oponentes de forma perfeita.

O que isto tudo significa para o Google? Acredito que a médio prazo, a estratégia de 'thin client' vá começar a mostrar seus limites. Uma das coisas que podem disparar este fenômeno é o crescimento das plataformas de gerenciamento de conhecimento, cujo bom funcionamento depende do contexto da informação. A informação que define o contexto é tipicamente local; em um ambiente de 'thin clients', ela precisa ficar armazenada em servidores, como o do Google. Não sei se as pessoas vão se sentir confortáveis com isso, quando perceberem o que está acontecendo. O importante aqui é perceber que não adianta ter uma boa estratégia, é preciso saber conduzí-la com cuidado, pragmatismo, e sem apego demasiado aos próprios planos. Se o oponente pode nos ensinar algo, que nós aprendamos com ele.

27 de julho de 2004

"Conexões preferenciais", ou porquê alguns sites atraem tanto movimento,,,

Li uma explicação interessante sobre o modelo de redes livres de escala, dentro do tema mundo pequeno (ver a Wikipedia"). Segundo o pesquisador Albert-László Barabási, do Departamento de Fïsica da Universidade de Notre Dame, há duas regras básicas que governam a formação de uma rede livre de escala.


  • Crescimento: A rede é alimentada inicialmente com um pequeno número de nós. A cada iteração, um novo nó é adicionado. O novo nó se conecta a um número m de nós já existentes.
  • Conexões preferenciais, ou Preferential Attachment: a probabilidade de que um novo nó se conecte a um determinado nó da rede depende do grau de conectividade de n; assim, quanto mais conexões n tem, mais provável será a conexão de um novo nó em n.


No caso da Internet, este processo leva à formação de 'hubs' de conhecimento, que são os sites mais populares. Ele também ajuda a explicar porque é que, à medida que uma comunidade aumenta, o movimento tende a convergir para os sites mais populares, deixando os outros sites com pouco ou nenhum movimento.

Yahoo! BH, ou: Para quê oferecer de suporte técnico?

Visitei um site, que tinha tudo para ser legal:

Belo Horizonte

... mas não é, basicamente, por causa de um erro grave. O conteúdo do site deveria ser focado em BH, mas as pesquisas e os links disponiveis mostram conteúdo... de São Paulo! Como bom 'netizen', pensei: vou mandar um 'bug report', para ver se eles corrigem, não é? Santa ilusão! Não tem como mandar mensagem para o suporte! Só um monte de FAQs e alguns 'forms' prontos... para os anunciantes! Hoje em dia, parecem haver dois pressupostos básicos:


  • Suporte custa caro. Quanto menos gente, melhor. Quanto mais automático, melhor.
  • O usuário não entende nada, e nós já antecipamos tudo que pode dar errado. Para não deixar o suporte ficar inundado de requisições básicas, é só colocar uma FAQ bem feitinha no ar, e deixar os usuários frustrados procurando a resposta que melhor se encaixe no seu problema.


Ok, ok - há uma parcela de verdade (pequena, mas há) nas duas afirmações anteriores, mas deixar um site sem nenhuma opção visível para enviar uma mensagem de caráter genérico? Ou eu estou ficando louco, ou eles acham que não precisam ouvir palpite de ninguém. Isso é arrogância, e do tipo que espanta os usuários bem-intencionados...

Life With Alacrity

Life With Alacrity

Mais um site de boa qualidade, com artigos bem escritos sobre privacidade, redes de comunicação social, e outras coisas relacionadas. É também um bom ponto de partida para outros blogs relevantes dentro do assunto.

Redes de relacionamento, tópicos, e confiança

Estou apenas começando a pesquisar os sistemas de redes de relacionamento disponíveis na Internet. Até agora, já vi artigos favoráveis, que indicam que esta é a 'próxima grande onda'; outros, indicando que as ferramentas ainda estão muito longe de cumprirem o que prometem, e que o problema ainda não foi corretamente entendido.

Uma coisa que fica clara para mim é que não se pode mapear a complexidade dos relacionamentos humanos em um modelo plano. Exemplos de mapeamentos fadados ao insucesso são aqueles que pedem que as pessoas sejam classificadas em grupos simples. Porém, mesmo sistemas mais sofisticados sofrem com problemas parecidos, seja porque se tornam desnecessariamente complicados (e aí as pessoas não conseguem, ou não tem paciência, para utilizá-los); ou seja porque o mapeamento não reflete os mecanismos sociais reais.

O primeiro problema é agravado, principalmente pela tendência das pessoas com maior orientação técnica em querer classificar tudo, usando para isso uma estrutura lógica de relacionamento. Outra manifestação do mesmo problema é a idéia de definir (morta por natureza) de definir precisamente o significado de termos como 'amizade', 'amizade próxima', e 'melhor amigo'.

Os mecanismos sociais reais também são imensamente complexos. Para começar, eles não refletem valores absolutos; nosso grau de relacionamento, ou confiança, em outra pessoa é sempre relativo. Neste sentido, não existe uma métrica simples de confiança que possa ser atribuída a uma pessoa. O ponto de vista individual pode ser afetado pela percepção que os outros tem de alguém, mas de forma geral, ele será afetado mais fortemente por algumas pessoas do que por outras. Por exemplo, eu posso eventualmente simpatizar com alguém a princípio simplesmente porque alguém que eu não gosto desconfia dele (ou, "o inimigo do meu inimigo é meu amigo"). A consequência primária disso é que métricas simples, como 'confiança', devem ser sempre calculadas para pontos de vista particulares; a generalização é sempre muito perigosa.

As pessoas podem pertencer a múltiplos grupos simultaneamente, mas com graus diferentes de participação. Dentro de um grupo, formam-se subgrupos de pessoas mais próximas entre si, e assim por diante. Esta dinâmica precisa estar presente, e não pode ser simplesmente mapeada na forma de 'grupos de interesse' ou 'guildas' onde assume-se que todos os membros confiam igualmente uns nos outros.

Minha proposta, neste ponto, vai no sentido de permitir que cada pessoa monte uma rede de relacionamento mais flexível, que permita que ele defina conceitos como 'amizade' em termos dos grupos sociais a que pertence. Por exemplo, meu melhor amigo no meu círculo profissional não é obrigatoriamente o meu melhor amigo no meu círculo pessoal. Coisas como religião, política ou torcer para um determinado time podem afastar da nossa amizade (de forma relativa) pessoas que de outra forma são excelentes amigos. Assim, não basta classificar as pessoas em grupos. Minha proposta é identificar assuntos de interesse, e classificar dentro destes assuntos os amigos que dele participam. O sistema poderia correr estas listas de relacionamento separadas por assunto, compondo uma malha de confiança, ou amizade, mais refinada.

Não sei se algum dos sistemas existentes opera desta forma. Esta proposta surgiu de leituras que fiz nos últimos dias, sem que tenha tido oportunidade de fazer um teste direto das aplicações disponíveis. Ainda preciso pensar melhor no assunto, validando alguns pontos, para ver se é o tipo de coisa que vai surtir efeito.

Usabilidade em projetos de software livre

How Usability-Focused Companies Think

Lendo o artigo indicado acima, pensei imediatamente na questão da usabilidade de programas abertos. Com raras exceções, são projetos de natureza técnica, dominados pela mentalidade de engenharia, sendo predominante a preocupação com os aspectos técnicos internos ao sistema. Normalmente, a preocupação com a usabilidade como meta de projeto não existe, e se chega a existir, é puramente por mérito de alguma das pessoas chave do projeto, e não devido a uma orientação geral da comunidade de desenvolvedores.

Dois projetos recentemente me chamaram muito a atenção. Um deles é o GMail; apesar de não ser 'software livre', o produto em si é de uso gratuito, e várias das questões de software livre se aplicam de forma similar. Outro é o Firefox, um browser que tem tudo para superar o Internet Explorer na preferência dos usuários, mas que corre o risco de 'patinar' na largada.

No caso do GMail, o produto é bom, e a interface é fabulosa, apesar de ainda precisar de muitos refinamentos. O que me incomodou um pouco é a falta de feedback do suporte técnico, no que diz respeito às solicitações de melhorias. É bem provável que eles estejam 'atolados', e que a única coisa que consigam fazer agora seja enviar as respostas automáticas. Mas se eles não estavam preparados - ainda mais uma empresa do porte do Google, prestes a passar pelo IPO - era melhor não começar o projeto. A transparência, neste processo, é muito importante; mesmo que a resposta seja breve, é importante para o usuário saber que a sua mensagem foi lida de verdade, não apenas pelo robozinho de triagem, mas por um ser humano.

O caso do Mozilla é diferente. O sistema de bugtracking, o Bugzilla, é muito bem feito, e a resposta da comunidade de desenvolvedores é sempre muito rápida. O produto também nasceu de uma concepção favorável à usabilidade, com um design simples e com foco nas features que realmente importam para o uso normal, evitando excessos desnecessários que só adicionam peso e complexidade ao programa. No entanto, à medida que o release 1.0 se aproxima, nota-se uma certa impaciência dos programadores com as questões ligadas à usabilidade; problemas envolvendo a consistência visual e funcional estão sendo deixados para depois.

Obviamente, entendo que a prioridade número zero seja esta - o programa tem que funcionar, e pronto. Por isso, é importante evitar discussões do tipo 'voltar à mesa de projetos'. É preciso muito pragmatismo para continuar em frente. Mas também é importante colocar as questões de usabilidade sob uma perspectiva correta. Depois do funcionamento básico do software - que qualquer usuário tomará como ponto fundamental, antes mesmo de pensar em trocar de browser - o fator de decisão será a usabilidade. E isso envolve fatores simples, por exemplo, o que eu chamo de 'surpresa zero', ou seja, o programa não deve nunca dar 'surpresas' inesperadas para o usuário, fazendo coisas que ele não espera. O programa pode (e deve) se antecipar ao usuário sempre que possível, mas nunca colocando em risco a previsibilidade do seu funcionamento; este deve ser consistente, para ganhar a confiança do usuário.

O que fazer? Pensei em abrir mais um 'blog' (outro), do tipo 'I-love-gmail', ou 'I-love-firefox', para anotar minhas observações, e para reuniar uma comunidade de pessoas com interesses afins na evolução e na usabilidade dos programas mencionados. Não sei se vou ter tempo, ou disciplina, ou mesmo energia, para tocar isso. Vou pensar um pouco no assunto, e se aparecer gente interessada em tocar isso comigo, quem sabe não começamos rapidamente?

KJ - Uma metodologia para estabelecimento de prioridades em grupos

The KJ-Technique: A Group Process for Establishing Priorities

Li este site e achei o processo interessantíssimo. Resumindo (muito), o processo basicamente consiste em rascunhar os problemas em notinhas, e depois guiar o grupo no processo de identificar conjuntos de problemas relacionados, de forma a organizar melhor os tópicos sem perder tempo em discussões sobre assuntos colaterais.

Pelo que pude entender, a efetividade do método se deve, em boa parte, ao processo de abstração conseguido ao se manipular, manualmente, as notinhas com os problemas relacionados. Como está tudo escrito, todo mundo fica mais tranquilo (ou menos ansioso); todas as opiniões estão representadas. A abstração ajuda todos a visualizarem o todo, em lugar das partes. O processo evita também a discussão direta da priorização dos itens. A priorização surge de forma natural, depois que todos os pontos estão levantados.

26 de julho de 2004

Redes Sociais e a Internet

O tema Social Networking - em uma tradução literal, "redes sociais" - tem atraído muito interesse, tanto do ponto de vista acadêmico, como do comercial, pelas suas implicações imediatas pela forma como a Internet vem sendo e será utilizada. Identifiquei alguns links interessantes para começar a pesquisa:


  1. O conceito de Augmented Social Network se baseia na criação de um mecanismo de identidade digital, criado e monitorado pela sociedade civil, sem relação com os mecanismos de identidade criados para fins comerciais. Entre os conceitos importantes, destaque para:

    • Confiança entre os indivíduos;
    • Lei de Reed, que diz que o valor de redes sociais cresce exponencialmente através da interconectividade.
    • Intermediação de Relações, que prevê o surgimento de 'brokers', ou intermediários (tradução minha; achei melhor que 'corretores') para introduzir pessoas, baseado nos seus interesses mútuos, colapsando os seis graus de separação em apenas dois ou três.
    • Tecnologia de Casamento de Interesses, que permitiria identificar pessoas com interesses próximos dos seus.

  2. O JoSS: Journal of Social Structure (Jornal da Estrutura Social) publica artigos sobre a estrutura social.

  3. O artigo Social Networking is Broken argumenta que o estado atual (16/mar/2004) das aplicações online de redes sociais é ainda muito primitivo, e que neste estado, as ferramentas não permitem ainda uma interação social adequada. Ele argumenta que na prática, apesar do entusiasmo, ninguém usa as redes como ferramenta de interação social, nem mesmo os maiores aficcionados por tecnologia.

  4. O The Social Software Weblog contém um índice de serviços online e ferramentas relacionadas ao estabelecimento de redes sociais.

  5. O OrgNet é uma empresa especializada em Análise das Redes Sociais (ou Social Network Analysis), que desenvolveu um software e uma metodologia que podem ser aplicadas em empresas, análise política, etc.

I Ching, "O Livro das Mutações"

The I Ching on the Net

O I Ching é um milenar livro chinês, que ficou conhecido no Ocidente em duas épocas distintas; inicialmente, no auge do entusiasmo ocidental (principalmente europeu) com a cultura chinesa, na virada do século XIX para o século XX. Depois, nos anos 60, quando os movimentos alternativos descobriram sua linguagem figurada e o seu fabuloso poder simbólico.

O I Ching pode ser lido como um simples recurso de adivinhação; porém, o seu estudo mais aprofundado mostra mais do que isso; ele revela imagens poéticas, profundas, que quando usadas para os fins de adivinhação permitem-nos observar as coisas por ângulos diferentes, que não havíamos imaginado antes. Não é de espantar que uma das primeiras traduções de qualidade do I Ching, assinada pelo alemão Richard Wilhelm, tenha tido seu prefácio escrito por Carl Jung - o aluno de Freud, que propôs uma teoria para explicar o poder de determinados símbolos para a mente humana.

Mesmo para os que não acreditam no poder divinatório do I Ching, o livro ainda reserva surpresas agradáveis, pelo seu estilo poético, e pela natureza da filosofia embutida em cada símbolo. É uma leitura sempre fascinante...

Sociological Snippets cont.

"We do not see things as they are, we see things as we are".(Talmud). People don’t "tell it like it is", they "tell it like they see it" (Ernst von Glasserfeld). "Reality is in the eye of the beholder" (E. Barbara Phillips). The world is (re)interpreted through our multiple lenses. However, it has also been stated that if you really want "to understand reality, try to change it" (Henry Volken).
Sociological Snippets cont.


Somos inseparáveis do contexto da realidade à nossa volta. Qual a consequência imediata disso, se pensarmos em como processamos a informação disponível ao nosso redor? A informação é uma só; ela em si é fato. O restante é observação. Além do contexto, há outro fator importante: as relações que traçamos entre os fatos dependem da sua evolução temporal. Ligamos fatos uns aos outros, classificamos e relacionamos de formas diferentes. Esta é a chave para trabalhar sistemas de apoio ao armazenamento de informações sob um ponto de vista pessoal.

Sociological Snippets

Sociological Snippets

Contém uma relação interessante de recortes de textos de autores (re)conhecidos, sobre temas ligados à sociologia. Gosto deste tipo de site - fiquei imaginando estes 'quotes' em um sistema de 'fortunes', ou frases do dia. É o legítimo 'food for thought'.

Cigarros, ou: o que será que eles querem com isso?

Essa me pegou meio de surpresa:

Philip Morris USA - Policies, Practices & Positions - Youth Smoking Prevention - Parents: A Note to You

Não costumo clicar em muitos anúncios online, mas este chamou minha atenção. Nunca fumei, não pretendo, e gostaria muito que meu filho nunca o fizesse também. Mas não esperava que a Philip Morris fosse levar tão a sério este site. Digo, a sério, pela qualidade do conteúdo, e pelo fato de estar sendo anunciado de forma proeminente.

Acredito que este anúncio seja parte de algum dos acordos formados entre a indústria e as entidades que combatem o fumo. Mesmo assim - para mim pelo menos - ele mostra que alguma coisa está mudando. E acho, também, que deve estar mudando dentro da indústria. Acho que agora eles já devem estar pensando em como sair de fininho do negócio, antes que ele 'imploda' de vez. Financeiramente, não vai ser fácil achar outro nicho igualmente rentável para ocupar, mas seria muito bom - em termos econômicos e sociais - se esta transição fosse tão suave quanto possível.

23 de julho de 2004

IEBlog - Ou finalmente, a Microsoft vai atualizar o IE (de verdade)

IEBlog

Parece que a Microsoft vai se mexer, e vai atualizar o IE, finalmente. Lembro de ter lido no Joel's on Software sobre os riscos da estratégia da Microsoft: depois de ter percebido o quanto os browsers estavam ficando poderosos como interface de aplicação, eles 'puseram os pés no freio', e pararam de atualizar a sua oferta. Pois bem, hoje o IE tem a larga maioria do mercado. Mas o perigo é iminente: uns poucos dias de uso, e o Mozilla Firefox já está me convencendo...

Se eu tiver tempo (e disciplina), vou tentar acompanhar este blog para ver o que eles tem a dizer... Vem chumbo grosso por aí, com certeza.

Como funciona a mente humana?

BBC - Science & Nature - Human Body and Mind - Mind

A psicologia é uma ciência fascinante. Sempre achei impressionante como é possível aprender sobre nós mesmos usando abordagens nada diretas; como é possível entender nossa personalidade com perguntas às quais respondemos sem perceber nenhuma relação oculta, ou indireta, com a resposta que realmente damos. As informações e os testes disponíveis neste site são fenomenais. Vale uma vista mais tarde, para pesquisar com mais paciência.

Onde procurar por informações acadêmicas confiáveis?

Pesquisar na Internet nunca foi fácil. Quem se entusiasmou quando o
Yahoo apareceu há quase dez anos atrrás logo viu que o problema era
complicado. Quem achou que o Google ia resolver a questão... bom,
estamos muito melhor, mas encontrar algo que faça sentido está tão
difícil agora quanto nunca.

O problema se torna mais evidente se estivermos procurando por
informações acadêmicas de qualidade. Por exemplo, digamos que
estejamos fazendo uma pesquisa para uma monografia, ou um trabalho
formal de pesquisa científica. Você entra no Google, e recebe um
gazilhão de respostas... mas com raras exceções, nada do que você
quer. Muito spam, muitos links inúteis, e pouco conteúdo que
você possa ou tenha cara-de-pau de citar no seu trabalho.

Com a provável exceção de assuntos ligados à própria Internet, ou ao
campo de computação em geral, é muito complicado achar informações
confiáveis e referenciáveis na Internet. Em primeiro lugar, porque boa
parte das informações quentes não está publicada de forma gratuita;
por exemplo, os jornais científicos cobram pelo acesso, e não colocam
a informação na rede. Mesmo quando colocam, por algum motivo ela não
aparece na busca do Google - talvez por estar em um lugar obscuro, ou
porque o Google não a classificou por outro motivo qualquer.

Existem sites pagos de pesquisa, como o href=www.allacademics.com>AllAcademics ou o href=www.scirus.com>Scirus. Mas o que eu queria, mesmo, era
encontrar uma forma de encontrar o que eu queria com o Google. Ainda
não achei um jeito, mas não desisti ainda...

O que é um Bookmarklet?

Jesse's Bookmarklets Site

Mais um conceito novo, que eu não conhecia. Um bookmarklet é uma pequena aplicação que roda diretamente a partir de um botão na barra de links do Explorer. Segundo a definição do site, são ferramentas gratuitas, que servem para automatizar tarefas repetitivas ou que seriam de outra forma impossíveis.

Qual é o segredo? Pelo que entendi, o bookmarklet é feito em JavaScript, e funciona da seguinte forma: ao ser clicado, o script tem acesso à página atual, e a todos os objetos do ambiente do browser. Ele pode usar esta informação para agir imediatamente (por exemplo, mudando alguma coisa na aparência da página); ou pode enviar os dados para um site remoto, onde eles podem ser utilizados de uma forma mais criativa por alguma aplicação de suporte.

O botão "BlogThis" é um exemplo disso. É um scriptzinho que pega a URL atual e abre uma janela para editar uma nova entrada de Blog. Simples, mas altamente eficaz. E ele é melhor do que eu pensava, pois permite escolher qual é o blog a ser atualizado (no caso, tenho agora dois, um em inglês e outro em português).

Pois é, acho que eu fiquei tempo demais fora do ar. Estas pequenas novidades estão deixando minha pobre cabecinha a mil por hora.

Rascunhos Rotos

Bom, este é o meu primeiro blog público em português. Optei por deixá-lo aqui no BlogSpot mesmo, onde já tenho outro blog em inglês. A idéia é usar este blog para meus comentários aleatórios e rascunhos de idéias e coisas que eu aprendo enquanto surfo na rede. Fica como um repositório útil para mim mesmo, uma biblioteca à qual posso me referir depois de viajar um bocado...