7 de setembro de 2007

Esbarrões: Palm, HDs, Windows Vista, Google, Apple, contratação de pessoas.

Ao longo da semana, esbarrei em um bocado de coisa e achei melhor blogar tudo de uma vez.

Esbarrei na Palm Computing duas vezes essa semana. A primeira, quando escrevi um comentário sobre a história da Palm. Agora, a notícia de que o futuro da Palm não parece promissor. Algumas empresas tem o toque de Midas - tudo que elas fazem dá certo. A Palm já foi líder incontestável de mercado. Com erros de marketing, de desenvolvimento de produto, falta de um ecosistema de parceiros, a morte lenta parece ser inevitável.

Vi notícias sobre HDs mistos (com disco rígido e memória Flash) (via Scoble e Dvorak). São mais rápidos que os HDs convencionais - dá pra carregar o OS sem precisar girar os discos. A Microsoft tinha prometido suporte a esses novos HDs no Vista mas não cumpriu o prometido...

Falando em Windows Vista, as notícias são desencontradas. A Microsoft comemora publicamente vendas recordes. Porém, o mercado não tem reagido bem. Fabricantes desancam a empresa publicamente. A Dell passou a dar opção pelo Linux, a Acer reclama que o Vista não estimula as pessoas a comprar um PC novo. Se por um lado a Microsoft deu um salto de qualidade em termos de estabilidade e de segurança, parece que deixa a desejar no básico, que é o produto.

Outro encontrão foi com a Apple, que teve uma semana cheia. De um lado, produtos novos (iPod Touch), e a redução de preços do iPhone. De outro a reclamação dos usuários contra a plataforma fechada, e o choque de quem descobriu que pagou mais caro "à toa". A Apple já teve problemas sérios com isso... e o Steve Jobs foi demitido. Agora, ele é o rei de novo. Estaria cometendo os mesmos erros? Bom, dessa vez ele veio a público com uma carta explicando a redução de preços do iPod. Ponto pra ele, está ouvindo os clientes. Falta abrir as plataformas da Apple.

Falando em Jobs, recebi um link do Danilo Gontijo (agora na Oracle) de uma palestra famosa que eu ainda não tinha visto: o discurso de formatura de Stanford em 2005 (legendado). Tem cópia no YouTube também, um pouco mais legível só que dividido em duas partes. Grande fala motivacional (aliás, devo passar para minha equipe na CPD na semana que vem).

Fechando os esbarrões, tenho estudado muito sobre contratação de pessoas. Contratar gente boa é difícil, e o processo usual não ajuda. O Seth Godin propõe uma pergunta: afinal o que estamos contratando? O processo normal de entrevista tende a selecionar não o melhor candidato para a sua vaga... mas a pessoa que se dá melhor com o processo. Muita gente boa não vai adiante porque não se veste bem, não sabe escrever um currículo, ou porque simplesmente não acredita em si mesma - o que pode não ter nada a ver com a competência da pessoa. Pior: muitas vezes, a pessoa que cuida da seleção se preocupa mais em fechar o processo (contratar "alguém") do que em contratar a melhor pessoa, ou em fazer uma proposta irrecusável. O comentário do Joel Spolsky sobre contratação vai na mesma linha (nota: esse podcast é longo, mas é bastante interessante).

Semana cheia... agora, é feriado, 7 de setembro, e é hora de descansar. Semana que vem tem mais.

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